Ressurgindo das cinzas…

Hoje, depois de passar por uma entrevista para o cargo de Redator em uma agência aqui em Bauru, vi como minha escrita está enferrujada. Mesmo cursando jornalismo tenho escrito pouco e consequentemente exercitado pouco a minha criatividade.

Poxa, me senti um inútil. O texto que pedirão para eu criar não fluía, senti dificuldade em escrever. Daí surgiu a ideia, ali mesmo no meio dos testes que eu estava fazendo, vou voltar com o meu blog.

A palavra voltar soa até engraçado, nem havia começado o blog direito, fiz duas atualizações e nunca mais escrevi algo nele. Mas beleza, agora que estou fazendo jornalismo tenho um pouco mais de noção de como escrever um post, de como pautar as atualizações e criar as editorias.

Nas próximas semanas devem pipocar algumas novidades por aqui, quem sabe um novo layout e até mesmo um domínio ponto com.

Aguardem, coisas boas estão por vir.

Grandpa Elliot e a Cultura de Rua

Se existe uma coisa que gosto é de uma boa música, não só uma canção de qualidade, mas também uma mídia boa, que valorize esta música. Mas o post de hoje não é sobre qualidade de música.

Viajando pelo youtube encontramos muitos artistas anônimos fazendo ótimos sons, e numa dessas viagens encontrei um artista não tão anônimo assim, mas que faz um som maravilhoso, nisso tudo o que mais me chamou a atenção foi fato dele ser um artista de rua de Nova Orleans, Grandpa Elliott surpreende em suas músicas.

Não contente em ouvir algumas músicas dele, fui em busca de algo maior, era impossível que um talento como este não tivesse ao menos um CD. E na busca por algum trabalho como DVD ou CD deste grande artista encontrei um DVD onde ele faz participação – “Playing For Change” – e onde só há participação de artistas de rua. Quem tiver a oportunidade de comprar, está a venda na Livraria Saraiva, e aos que se interessarem disponibilizo aqui um link para download via torrent (http://www.kickasstorrents.com/playing-for-change-t2681677.html).

O legal é que o DVD foi produzido por uma fundação de mesmo nome (http://playingforchange.com/), que busca criar mudanças positivas através de aulas de música e arte. Sempre apoiando artistas de rua também.

Tudo isso ganhou minha simpatia, pois sou um grande fã de arte de rua, e é ai que entra o ponto crítico deste post. No Brasil não existe a cultura de remunerar artistas de rua, não digo só músicos, mas também malabaristas, pintores, dançarinos, estátuas humanas, equilibristas, contorcionistas e etc. Temos uma visão errada de que eles estão ali pedindo dinheiro a nós e muito pelo contrário, estão ali trabalhando, sim trabalhando, ou você acha que dar um talento seu em troca de dinheiro é pedir? Se realmente for isto, então somos todos um bando de pedintes! Já na Europa e EUA estes caras são tratados de maneira diferente, e conseguem até viver disto! Vejo muitos amigos malabaristas morrendo de vontade de se jogar para lá, pois sabem que seu trabalho será valorizado e que lá eles conseguem sobreviver fazendo o que gostam.

Portanto proponho aqui que todos reflitam sobre este assunto, e que saibam diferenciar um garoto que faz brincadeiras com limão e um pedaço de madeira no sinal, de um profissional. É muito simples e fácil de fazer essa diferenciação. Segue um site interessante sobre artistas de rua (http://artistaderua.com/).

Num futuro próximo volto a falar deste assunto, que com certeza tem muito o que ser discutido.

Enfim aproveitem o som de Grandpa Elliott e quem puder ajude a Playing For Change Foundation.

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Culture Jamming e Adbusters – A Contracultura

Num mundo onde marcas e produtos ditam as tendências e consumidores parecem aceitar de cabeça baixa o que a eles é imposto, vemos um movimento invadindo nossos computadores, televisores, outdoors e diversos outros meios de comunicação com o objetivo de nos fazer pensar em tudo o que está acontecendo.

O Culture Jamming é caracterizado por alterar comerciais, logos, propagandas impressas ou em outdoor, de forma que o significado original seja alterado, buscando desmascarar as grandes corporações e fazendo com que os consumidores pensem no que realmente é legal. A prática é em si mesma uma mistura de graffiti, arte moderna e filosofia punk faça-você-mesmo.

É complicado de definir quando esta prática se iniciou, mas vemos ao longo da história relatos de Adbusting desde a revolução de Maio de 68. Com o passar dos anos e a massificação dos meios de comunicação, hoje vemos uma crescente disseminação de Jammers ao redor do mundo. A internet e programas de edição de imagem como o photoshop, facilitaram a vida dos Adbusters, hoje é muito mais fácil de alterar um impresso e espalhá-lo através da internet. E ao contrário das tradicionais alterações de outdoors com sprays de tinta, onde percebemos a intervenção, as novas Jams possuem uma aparência de realista, de que aquilo tudo foi criado por uma agência.

Os vídeos abaixo exemplificam bem o  que é o Culture Jamming:

Ao redor do mundo existe um número crescente de Culture Jammers, e Organizações que destinam todo seu trabalho para libertar as pessoas do controle de comerciais de grandes corporações.  Dentre estes artistas e organizações, Jorge Rodríguez Gerada e a Adbusters se destacaram nas pesquisas, portanto resolvi que seria interessante falar um pouco sobre os dois.

A Adbusters Media Foundation é uma organização sem fins lucrativos, fundada em 1989 pelo ex-produtor de documentários Kalle Lasn, sediada em Vancouver no Canadá. Eles se autodescrevem como “uma rede global de artistas, ativistas, escritores, estudantes, educadores e empresários que querem desenvolver um novo movimento ativista social da era da informação.”

A fundação publica uma revista, mantida pelos leitores, a Adbusters que possui uma tiragem atual de 120.000 cópias, além de promover campanhas, intervenções e protestos de grande repercussão. É responsável também pelo “Buy Nothing Day” que existe desde 1992 e encoraja as pessoas a não comprarem nada por 24h, nem mesmo um chiclete. A estratégia por eles usada é de marcar a data um dia após o Dia de Ação de Graças, quando começa a a temporada de compras para o natal. E pelo “TV Turn Off Week” que desafia as pessoas a passar uma semana inteira sem ver TV para que elas leiam mais e questionem seus hábitos de lazer.

Site da fundação: http://www.adbusters.org/

Uma campanha criada pela Adbusters chama Unbrand America:

O Artista Rodríguez Gerada nasceu em Cuba e nos anos 70 junto com sua família se mudou para os EUA. Foi um dos precursores do Culture Jamming em Nova Iorque no início dos anos 90, primeiramente com o grupo Artfux e depois com o fim deste, deu continuidade ao seu trabalho em conjunto com o grupo Cicada Corps of Artists. Seu trabalho finalmente só foi reconhecido internacionalmente  com o livro No Logo de Naomi Klein.

Em seu site pessoal (http://www.artjammer.com) é possível encontrar algumas imagens de seus trabalhos, sua biografia e projetos em andamento.

Agora que já dei uma boa pincelada sobre o que é esse tal de Culture Jamming, fiquem com algumas boas fotos.

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O Inicio…

É isso, mais um blog surgindo nesse mundo louco que é a internet…

Todo dia estarei postando algo, existirão colunas semanais que serão fixas, e posts de temas diversos, sobre qualquer coisa que seja de meu interesse. Hoje é um dia morto, estou preparando o primeiro post de verdade que sairá amanhã.

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